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A posse dos espaços físicos
Eu poderia detalhar quase ao insuportável este caso, mas me concentrarei numa linha de raciocínio sobre um caso que já tratei, que é a vendedora de flores.
Primeiramente, lembremos que todo espaço físico de nossas cidades, independente de sobre um lote de terra ter sido construído um arranha-céus de 100 andares, foi/é, pelo menos potencialmente, um espaço para a produção agrícola. Disto, nasce um óbvio dilema: toda construção humana, para a habitação, tira a terra produtível de (ou para) alguém. Mas é óbvio também que todos necessitam de teto.
Mas não enveredemos por estas minúcias, algumas das inúmeras incompatibilidades que surgem no econômico. Lembrando nossa vendedora de flores, consideremos que em determinado momento tenha somado tal reserva de lucros (aquilo que popularmente chamamos poupança), somente às custas de seu isolado suor, e resolva oferecer tal valor, exatamente a um dos "loteados ex-sem terra", que desejam (pois são livres, suponho) abandonar a atividade agrícola, ao menos naquele local. Logicamente, tais proprietários de terra estariam satisfeitos com o valor recebido.*
*Que pasmemos, pode ser pago até em flores, já que Alices não gostam muito de falar de dinheiro, e até Fidel Castro um dia sonhou em seus delírios utópicos que o povo cubano não necessitaria mais dele.
Mas nossa senhora e sua família não desejam ali produzir flores in vivo, pois não possuem habilidade para isso (do mesmo modo que cubanos, pelo visto, jamais possuiram vocação para produzir carros, ou soviéticos, na maior escala possível do socialismo aplicado, possuiram para produzir chips eletrônicos). Assim, desejam naquele lote de terra ter espaço para processamento de flores, seu recebimento (que pode advir até dos recém vendedores do lote de terra, de onde ganhariam já imediatamente com isso), seu corte (que pode empregar mais "sem terra" que na verdade passariam de ao invés de esperar doações já ter ganhos) e embalagem (idem, adicionado de comprar as ditas embalagens).
Notemos, que em nenhum momento do acima, houve, na constituição deste espaço físico, que não é agrícola, o roubo de algo que se configure numa unidade que pode ser definida como industrial - tanto que por viabilidade e escolha livre, foi trocado pelos proprietários agrícolas originais. Notemos que a própria existência de um espaço de processamento de um bem tão inútil como flores (e já mostramos que tal característica pouco interessa no econômico) produz uma cadeia de riqueza que é maior que a original de produção agrícola na mesma área. Logo, todos só tiveram vantagens, e ninguém foi explorado. Assim, a posse de um espaço de produção, tão natural como um espaço para habitação (que pode, numa ótica comunista, só ser coerente com a habitação mínima do trabalhador rural, da casa do trabalhador industrial e a residência do trabalhador burocrático), não pode, como visto, ser distinto plenamente do espaço de produção agrícola.
Detalhes: Claro que Alices alegarão que uma florista que se tornou, digamos, uma atacadista de flores está agora explorando trabalhadores. Poderíamos aqui colocar que todos os envolvidos são familiares, e são tão independentes quanto os sem-terra de que Alices tanto gostam que ocuparam um lote familiar e estão produzindo. Também poderíamos mostrar que qualquer empreendimento que produza numa mesma área agrícola mais que a produção agrícola para seus usuários estaria explorando menos pelo trabalho que os agricultores, e mesmo estes, ao trabalhar a terra, estariam prejudicando os industriais (os chamamemos assim). Poderíamos burlar ad infinitum/ad eternum os argumentos típicos de Alices fazendo diversas substituições e apresentações de valores gerados. A questão maior dentro deste tipo de contra-argumentação é que não pode-se igualar em capacidade geradora de riqueza atividades econômicas diversas por uma variedade isolada, como área, mas área seria extremamente significativa na produtividade/geração de riqueza de algo como a agricultura. Mais uma vez, percebe-se que Economia não é conhecimento amparado em contas simplórias.
Mas em suma: medição alguma de escala do que quer que seja em economia pode ser afirmado direta e simploriamente como roubo. Por outro lado, o controle exploratório e prejudicial aos consumidores de determinado setor ou atividade o é.
Sabe que a população deste planeta é hoje dez vezes maior que nos períodos precedentes ao capitalismo? Sabe que todos os homens usufruem hoje um padrão de vida mais elevado que o de seus ancestrais antes do advento do capitalismo? E como você pode ter certeza de que, se não fosse o capitalismo, você estaria integrando a décima parte da população sobrevivente? Sua mera existência é uma prova do êxito do capitalismo, seja qual for o valor que você atribua à própria vida. - Ludwig von Mises.
O incremento de atividades
Lembremo-nos de nosso criativo pipoqueiro.
Aos moldes bem do que vemos hoje, em estratégias de "margens de manobra" como a que vemos nas grandes redes de salas de cinema, um pipoqueiro poderia, na sua escala, incrementar sua atividade com, sejamos pitorescos, um realejo.
Claro que pela dificuldade de produzir-se e comercializar-se pipoca, o pipoqueiro não poderia dar plena atenção ao realejo e menos ainda ao exigente macaco. Seria conveniente acrescentar a esta sua nova e complexa estrutura um segundo trabalhador, com os quais dividiria os ganhos. É claro que na minha típica desonestidade intelectual, estou colocando o pipoqueiro deste caso como o mais feroz dos marxistas, dividindo, sem hipocrisia, todos os seus ganhos.
Mas a maior desonestidade desta argumentação é que pela marcha que iniciamos com o primeiro passo acima, poderíamos rapidamente chegar, com o mesmo acréscimo de atividades e posses, as modernas redes de cinema e suas lucrativas pipocas (do ponto de vista conceitual, um realejo está para a venda de pipocas como a mais cara produção de Hollywood também está).
Evidente que porque o mundo é real e não ideal, não se daria com a permanente soma de mentes fraternais e divisoras de suas posses, e haveria a concentração, mas podemos, exatamente porque o modelo que apresentamos é uma possibilidade, ainda que improvável, mostrar que o incremento de atividades a uma já existente, e que implica obviamente em crescimento, não implica necessariamente em roubo.
Acredito que aqui, poderíamos poupar acréscimos à argumentação acima, lembrando o dilema da "empresa de uma libra", mostrando que o incremento de capital não necessita se dar pelo enriquecimento concentrado, mas distribuído entre acionistas, que podem ser, desde o primeiro momento, nosso pipoqueiro e nosso realejista.
Não há atividade econômica em si, simples ou complexa, que possa, pelo simples fato de ser grande em escala, de ter trabalhadores que não sejam seus controladores e ter controladores que não sejam nela trabalhadores, ser taxada de oriunda de exploração ou roubo.
Proceda como se fosse impossível falhar. Só as suas ações determinam e mostram o seu valor. - Alfred Montapert
A diversificação na atividade
Talvez este seja um ponto um tanto difícil de ser entendido pelo título acima, mas exemplifiquemos, novamente, com nosso modelar pipoqueiro.
Eu concordo que acrescentar um realejo ou salas e mais salas de cinema seja incrementar por uma diversidade exótica ao produzir/processar pipocas. Mas nem sempre a ampliação das atividades se dá desta maneira horizontal, e digo com segurança, muitas das maiores corporações cresceram explendidamente assim como aprersentarei e diversas colapsaram exatamente por tornarem-se estritas, lineares, e diria "tubularformes" (adiante entender-se-á o significado disto) por processo um tanto diverso.
Sabemos que nosso pipoqueiro consome milho (de pipoca), óleo, sal, e mais meia dúzia de, digamos, temperos. Chegado determinado ponto de sua escala, e a argumentação por não ser tal o que Alices mais extremadas chamam de roubo, poderá, pela própria escala de suas compras, passar a ser um revendedor, tanto varejista quanto atacadista (aqui, apenas o que interessará é a escala) de milho, óleo, sal e talvez muito mais que uma dúzia de temperos.
Se seus processos de distribuição (que são, em cada etapa, comercializações) forem abertos, como digo, "em árvore", será uma empresa que em cada etapa de seus processos, rumo a um produto final altamente agregador de valor (pois é o mais acabado de todos) gerará lucros também por velocidade (giro de estoque), com as vendas a preços competitivos de cada uma de suas matéria primas, insumos, e até equipamentos e utilidades (como carrinhos e até gás).
O problema é quando, tornando-se permanentemente "fornecedor de si mesmo", em cada etapa, deixa de ser uma ramificação, uma diversificação "em árvore" e passa a atuar como "uma tubulação" apenas com entrada e uma saída (ou mesmo um número perigosamente limitado destas), que é o produto final. Assim, como muitas empresas já entenderam até das piores maneiras, quando não tem a saída do produto final, gera pressão (custos/acúmulos/estoques exagerados) em cada etapa - possível - de seus processos.
O mesmo erro existiu no passado, similarmente, por exemplo, com a Ford, que apenas produzia carros a partir do minério de ferro, da borracha, da madeira, da areia para seus vidros, etc, somente a partir de suas matérias primas mais básicas. Dependia, por não possuir sistemistas quaisquer, de manter toda sua cadeia de produção permanentemente no ótimo, o que mostra-se, exatamente pelo mesmo motivo fundamental que 2500 'sem terra' não podem fazer compras ótimas e de pleno acordo, impossível.
Um determinado grau de flexibilidade, nas malhas de fornecimento e vendas, é sempre desejável em toda estrutura, e ainda melhor, se proporcional tal flexibilidade à escala da atividade.
Noutras palavras, se não estamos vendendo carros, ou pipocas nos cinemas, vendemos peças de reposição, ainda mais em plenas crises, ou pacotes de pipocas para micro-ondas, pois a população está preferindo, a menor custo, assistir seus filmes em casa.
Observa o rígido carvalho e o flexível junco. Apenas o junco sobrevive aos ventos da tempestade.
Numa combinação das duas acreções de atividades acima, poderíamos ter, já que vendemos milho e óleo, apenas para ficar no mais comestível, a adição de n outros grãos, e processados alimentícios. Se desejar chamar isso de mercadinho da esquina, de supermercado, de hiperpercado, de distribuidora de alimentos ou mesmo de "algo parecido com a Wal-Mart", que de tão grande escala ajuda a controlar a inflação dos EUA, "liberdade de ação".
Mais uma vez, pelo "dilema da empresa de uma libra", tal não poderia se classificar como roubo, e exatamente pelo acima citado, a determinado ponto de escala, e se dirigida a empresa para não ser um parasita do mercado, pode vir a beneficiar (por exemplo, por "choque de oferta" - controle de inflação) toda a massa consumidora.
Mais e mais me convenço que não existem pecados na Economia, existem apenas os pecadores.
A única coisa bem distribuída no mundo é a burrice. George Bernard Shaw
A alteração de atividade
Mas combinemos os dois casos acima. Imaginemos que num determinado ponto de lucrabilidade, a flores sejam mais lucrativas que as pipocas com seus agora cinemas (e também pode-se imaginar o contrário). Nada poderia impedir os possuidores de um dos casos abandonar sua atividade e ceder seu espaço para a outra atividade, em troca de capital ou participação (o que até contabilmente pode representar o mesmíssimo valor). Aliás, tal poderia se dar por simples desejo, ou mesmo tédio, por uma nova atividade por uma anterior. Como para os dois casos demonstramos não necessariamente ter atingido suas escalas por exploração ou roubo, uma substituição de um por outro não implicaria em tal também.
Mas a questão por trás destes simplórios argumentos é o raciocínio absurdo de Alices, que toda atividade, quando possui proprietário, este necessariamente é um usurpador de algo que nunca poderia ter sido dele ("a propriedade é roubo" - curiosamente, a terra dos acentados ex-sem-terra, não se encaixa nisto!), que todo empregar alguém é roubo (o "valor trabalho", a "mais-valia" e outras tolices) e que todo enriquecimento advém da exploração (de certa maneira, um mistura das falácias anteriores).
Curiosamente, todos os modelos de produção agrícola do "capitalismo de estado" (usemos as falácias típicas de Alices) do passado fracassaram (a não propriedade e não industrialização/capitalização do campo), conjuntamente, toda a sua produção de bens de consumo, diria, necessário (veículos, por exemplo, e podem ser os coletivos, não os enormes carros dos "líderes"), mesmo sem jogar-se energia sobre supérfluos (como flores) e menos ainda, sua indústria cultural (pois, que seu saiba, jamais vendeu-se significativamente pipocas em cinemas soviéticos, nem tampouco cafés finos em suas livrarias).
Mas pior que estas coisas, que que milhões foram condenados a manter-se em suas pouco criativas atividades pela vida inteira, e sem motivação para novos empreendimentos (sejmos diretos, a grana que pretenderiam ganhar), ficaram, por exemplo, como cabelereiros em Cuba, quando poderiam ser, talvez, excelentes agricultores.
A economia planificada não só é incapaz de gerar riqueza a longo prazo (eu diria até a médio), mas incapaz de propiciar a liberdade que é típica do ser humano, desde que algum ser humano primitivo resolveu não mais ir caçar para produzir melhores lanças, e receber carne por isso, ou plantar raízes, ao invés de fazer uma destas coisas, e assim, até a imensa liberdade de iniciativas que hoje temos.
Um acréscimo
Já deveria ter usado este exemplo.
Imaginemos um ferreiro. Pela mesma argumentação, adaptando-se detalhes, que usamos para o pipoqueiro, o plantador de tomate e nossa chatíssima senhora vendedora de flores que nos perturba o bate-papo, muitas vezes, ou sério, ou com "as melhores intenções" com nossas, respectivamente, colegas ou belas amigas, poderíamos facilmente demonstar que sua atividade, baseada na propriedade da área de terra que ocupa, cobertura de sua ferroaria, ferramentas e até fonte de lenha não poderia ser tratada como roubo.
Pelos mesmo argumentos, sua acreção de sócios, empregados e operações de troca (até pela compra de seus concorrentes), também não poderia ser tratado de roubo. Evidentemente, escala em escala, tecnologia (no sentido mais completo desta palavra), chegaríamos às mesmas empresas automobilísticas que citei acima, no caso da Ford, e todas as maiores produtoras de bens a partir de metais.
Na verdade, atividade alguma humana é completamente separável das mais antigas, ou mesmo primitivas, e do ponto de vista modelar, matemático, indistinguível destas. Assim, uma exemplificação que apoie-se num exemplo medieval (digamos) de qualquer ofício (como era o termo mais adequado da época), pode, perfeitamente, ser transposto para nossas maiores estruturas empresariais hoje.
Só mudou, realmente, o sentido que tem-se na palavra "corporação". Deixo este trocadilho até infeliz para os que gostam de estudar História.
O socialismo é o evangelho da inveja, o credo da ignorância, e a filosofia do fracasso. - W.Churchill
Um retorno ao tema do assistencialismo
A cornucópia da fartura, sempre presente como ideia quando nos confrontamos com alguém que acha que os recursos são infinitos e todas as refeições saem de graça (malaysiansmustknowthetruth.blogspot.com). |
De um "bate-boca" na internet.
Alguns afirmam que a primeira preocupação de um governo demagógico e populista é aumentar o "bolsa miséria", pois são votos garantidos.
Infelizmente, tal procedimento, desde o primeiro momento, só vai aumentar custos e gerar ainda mais problemas.
Agora, como e porque, duas horas de explicações, especialmente, sobre os problemas já percebidos por Keynes.
Uma segunda preocupação seria aumentar impostos, como no nosso caso, CPMF, e isto seria igual a dinheiro fácil. Aqui, a Curva de Laffer já faz seus estragos, e nada mais se necessita.
Logo, só pode-se manter estes círculos viciosos com endividamento, e tal é claro.
E sonhos utópicos infantis vão se fazer em pó, como sempre, só lamento.
Neste tipo de "debate", seguidamente aparecem as típicas "Alice Pseudo" e as irritantes "Alice Miguxa" (normalmente falam em miguxês ou no lusitano pita talk disfarçado), que acham que o mundo é injusto e tem de se dividir as coisinhas, inclusive os brinquedinhos, "desde que a Barbie de cabelos loiros, especialmente com os trocados que nela escondo, não saiam da minha casa".
Pois lembrem-se: toda a Alice é, no prático, um hipócrita.
Pegar riqueza da população, e pelo estado, a distribuir, soma custos por si só ao próprio processo disto.
Se tal é feito por tributos, estes serão repassados pela classe alta e média, pelo simples fato que a alta é detentora dos meios de produção e apenas repassa impostos, e a média por ter maior capacidade de barganhar e exigir reposição do seu salário. Assim, só quem por fim pagará por esta distribuição é a classe baixa.
Logo, tais "sistemas de distribuição de renda" só são eficientes a curto prazo, e adiante, invariavelmente, serão apenas cobrados dos "beneficiados", e ninguém mais.
Sem falar do detalhe, sempre esquecido pelos "esquerdinhas", que a poupança é exatamente a partida dobrada do investimento, logo, a geração de riqueza e sua acumulação é exatamente o que no longo prazo permite o investimento, que por fim, gera realmente a distribuição de renda.
Só lamento, novamente, só estarão "cavando buraco", a começar, pelos custos de tal processo.
Todos querem viver às custas do Estado, mas esquecem que o Estado vive às custas de todos. - Frédéric Bastiat
Sempre em meio a tal tema, aparece uma Alice para afirmar algo distorcido sobre o que nem entendeu o que tenha sido, como por exemplo a crise subprime.
Exemplo:
"Nem sempre haverá um Keynes para socorrer depressões econômicas, demonstrando que o o mercado que se auto-regula é um mito. Se o muro de Berlim já caiu, a "era Reagan" (neoliberalismo) também já foi para o buraco."
Keynes morreu faz um bocado de tempo e seus métodos estão aí de volta.
O mercado se auto-regular, estritamente, é um mito, mas o estado ser pleno e perfeito regulador, é outro. E cair até as próximas n ondas de "economês" do capitalismo não vai fazê-lo cair de todo, e muito menos, colocar economias planificadas simplórias e comunistóides no seu lugar.
Só lamento, de novo, falácia da "falsa dicotomia".
Exemplo de pérola de uma "Alice Miguxa":
"O comunismo primitivo existiu antes da propriedade privada, ou não?"
Sim, e não relaciona-se lhufas com poder ser agora implantado um "comunismo contemporâneo".
É o mesmo que dizer que se Band-Aid estanca sangue, pode deter uma hemorragia grave (num tratamento mais formal, uma falácia da composição).
Se não entenderam a imagem, as próprias novas relações, até da existência necessária do estado, e seus impostos, leva a ter de existir a pretensamente justa remuneração pelo trabalho e a produção de bens e serviços, e destes, a propriedade, até do capital na forma de ferramentas.
Logo, as sociedades muito primitivas são aparentemente "comunistas", mas ao que parece, o cacique e o pajé são apenas os "escolhidos". Igualmente, mulheres não são a elite dos caçadores, nem possuem mais que determinados poderes.
A própria "coletividade dos bens" é um mito sobre os selvagens. Assim, os modelos de "bom selvagem" até podem ser lindinhos e agradáveis, mas não se prestam as modernas sociedades, e quando bem analisados, não passam de mitos.
Law of the Infinite Cornucopia: There's no shortage of arguments to support any doctrine a person might want to believe.
(Lei da Cornucópia Infinita: Não há falta de argumentos para apoiar qualquer doutrina da qual uma pessoa pode querer acreditar.)
Apêndice
Conceito de Falácia da Composição
A falácia da composição é uma falácia que ocorre sempre que se admite que aquilo que é verdade para uma parte do sistema, então também é verdade para todo o conjunto, sendo muito frequente no raciocínio económico. Por exemplo, se a quantidade de peixe pescado por uma traineira num determinado dia for excepcionalmente elevada, o rendimento dos seus pescadores aumentará; contudo, é natural que, se todas as traineiras conseguirem pescar quantidades de peixe muito elevadas, o rendimento do conjunto dos pescadores seja mais baixo. Concluir o contrário seria cair na armadilha da falácia da composição.
http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/falaciadacomposicao.htm
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