Em algumas análises em curtos pensamentos, quando não em estilo conceptista, dentre eles, primeiros esboços para futuros artigos mais longos.
Crescimento do PIB
É afirmado que o PIB vai crescer 7% neste ano, segundo o J. P. Morgan. Se confirmado, será o maior crescimento desde 1986 (7,5%), durante a insânia de consumo do Plano Cruzado.
Mesmo a uma taxa de PIB de 8%, só alcançaremos o PIB per capita do Chile HOJE em 4,5 anos.
O PIB per capita de Portugal HOJE só será alcançado em 10 anos, e o da Espanha em 15 anos.
Reforma tributária alguma no Brasil resolverá o problema de carga tributária total, sua fração sobre o PIB, somente divisão entre as unidades da federação e estrutura/legislação, pois o problema, antes do arrecadado, são gastos a serem cobertos, muitos deles apenas despesas correntes.
O estado brasileiro não elevou a carga tributária porque "desorganizou" a erracadação, e sim porque "estourou" suas receitas.
Percebamos que a união concentrou receitas porque "estourou mais" suas finanças, e não porque pretendia investir mais.
Ninguém duvida que o estado brasileiro gasta muito e gasta mal o que arrecada. Mas o pior é a União concentrar quase dois terços do arrecadado. Nesta proporção, poder executivo federal algum vai sequer pretender mudar tal situação.
O Brasil colocou-se numa situação de carga tributária percentual sobre o PIB de país de primeiro mundo, de alto padrão de tratamento do estado ao cidadão, com geração de riqueza global de país em desenvolvimento e serviços do estado de país subdesenvolvido.
O gargalo da infraestrutura é nevrálgico para o crescimento do país, porém, com a mancomunação do poder político com a atividade empreiteira, suas iniciativas não serão direcionadas ao mais eficiente/econômico, e sim, ao mais lucrativo a determinadas oligarquias, dentro do estado e na iniciativa privada.
Os interesses de determinada minoria, sem portas abertas às massas, continuarão a ser o norte dos investimentos públicos em infraestrutura.
Numa estrutura corrupta, é permanentemente mais viável o excessivo gasto no pouco durável e ineficiente que o econômico, durável e eficiente.
Balança comercial
Sem agregação de valor no exportado, invariavelmente tenderemos à balança de pagamento deficitária.
Usina de Belo Monte
Todos que me conhecem sabem, o quanto odeio argumentos de autoridade (ad verecundiam), mas por tudo que ouvi, de diversos setores, e pelos números que li, não há como não termos problemas proporcionais ao tamanho desta usina
Mais uma vez, construímos uma usina que abusa de um reservatório em tamanho e torna-se em contraste pequena em capacidade de geração.
Direitos dos homossexuais
Qualquer um responderá que sim, portanto, qualquer cidadão (pois isto passa a ser) disporá dos mecanismos de proteção e direitos que o estado lhe deve.
A questão de associar pedofilia estritamente com o que seja homossexualismo é de uma estupidez galopante, para dizer o mínimo. A tal ponto tola que qualquer pessoa com o mínimo de senso da realidade sabe que inúmeros pedófilos só sentem atração por crianças do sexo oposto.
Tenho de tratar deste relativamente desagradável tema pois ele leva a uma certa repulsa por parte de nossa sociedade à adoção de crianças por casais, ou mesmo solteiros, homossexuais.
O conjunto de critérios únicos a reger a capacitação para a adoção de crianças deveria ser a junção da qualificação moral/criminal com a capacitação econômica.
Descrevo a qualificação moral pois todos conhecemos homossexuais de conduta completamente moral. Digo criminal pois um homossexual pedófilo, obviamente, não poderia adotar uma criança, assim como claramente um homossexual envolvido com o tráfico, um traficante dito "predador", colocaria qualquer criança em risco.
A argumentação de que homossexuais conduziriam crianças à homossexualidade é tão absurda que ao afirmá-la, cai-se no absurdo que um casal de lésbicas levaria um menino a se tornar uma lésbica (o que é uma insanidad, para dizer o mínimo) ou um menino afeminado, o que para quem conhece qualquer jogadora de futebol feminino homossexual parece um contra-senso. O correspondente afirmaria para um casal de homossexuais masculinos, ao adotar uma menina.
Mas antes, tratando do completamente econômico, é muito mais conveniente uma criança num lar de homossexuais do que abandonada até a pós-adolescência num orfanato. E todos sabemos o mortor que é um filho na geração de renda de uma pessoa/casal, mais do que apenas mais uma despesa. Logo, toda a sociedade ganharia com isso.
A bandeira multicolorida dos homossexuais, quando bem conduzida, pode vir a fornecer um abrigo seguro.
O abaixo seria mais adequado a meu blog de divulgação científica, mas aproveitando o "fio da meada", coloquemos aqui.
Em meio a este panorama desagradável para a Igreja Católica e uma epidemia de denúncias de (e comprovados) abusos e casos de pedofilia, arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, afirmou que (1) sociedade atual é pedófila, e que (2) tais denúncias são uma pretensa forma de prejudicar a Igreja que 'promove a castidade', que (3) a liberdade sexual por criar desvios de comportamento, entre outras afirmações de natureza quase desconexa com qualquer lógica. Noutra nota na imprensa, cita homossexualismo (sic) como outro fenômeno de banalização da sexualidade na sociedade.
Em resposta a isto, coloco que:
1. Não estamos querendo saber se a sociedade tornou-se erotizada, mas como que sacerdotes estão sendo apanhados em pedofilia.
Nota: não existiu sociedade mais erotizada que a hindu, como bem mostrada na estatuária até em templos na Índia. Porém, ali, não se observa erotização da infância. Logo, afirma que erotização conduz à pedofilia é um argumento um tanto falacioso, mais uma tomada da parte pelo todo.
2. A dita autoridade da igreja está querendo comparar homossexualidade entre adultos com o abuso de um adulto sobre uma criança?
3. Incrível é que mesmo num quadro em que a "sociedade seja pedófila", sacerdotes teriam de obrigatoriamente, não o ser.
4. O celibato na Igreja Católica nasceu na verdade não de teologia, mas de questões legais em heranças de terras. E o sacerdócio, durante muito tempo, foi o local de em especial "boas famílias", colocarem seus filhos não muito bem comportados.
Mantendo algum foco neste blog no financeiro/econômico, observemos que independentemente de ser outra área de atrito com a sociedade, a isenção de tributos e um certa inexecutabilidade das igrejas as tem transformado no terreno fértil para todo o tipo de organização não sonegadora por até necessidade estrutural, mas de ser estruturalmente sonegadora por ser uma organização criminosa.
Assim como todo o dinheiro que entra fácil se vai fácil, todo caminho que privilegia a sonegação, a "lavagem", o desvio e o estelionato puro e simples terá seu fluxo de membros voltados ao crime, tanto como uma corrente elétrica procura o caminho de menor resistência, lembrando meus tempos de física do secundário e básico de universidade. O mesmo vale para desvios sexuais e uma certa inimputabilidade havendo uma estrutura protetora. Economia e física aplicada modelam, inclusive, a imoralidade.
Regiões alagáveis em nossas cidades,
o perigoso caminho que trilhamos em tentar enfrentar a natureza
Repetidas vezes já tratei de incidentes recentes consequências de chuvas sobre urbanizações (se é que podemos chamar assim) de nossas cidades. Mas a questão não é a eventualidade - até porque já enfrentamos tal como rotina.
Existe sempre a impossibilidade de se conciliar o direito e liberdade da habitação com os possíveis riscos e danos coletivos.
Invariavelmente, as cidades brasileiras tenderam a enfrentar a natureza tropical de nosso país, impermeabilizando-se e canalizando rios, ocupando várzeas e áreas de alta erosão.
Liberdades e escolhas
O brasileiro tende a entender a fronteira entre liberdade/direitos e anarquia/dádivas como completamente permeável.
A sociedade brasileira foi, misteriosamente, sábia, colocando no poder todas as forças. Agora pode, a seu prazer, escolhê-las.
Como revelou-as,até a duras penas, iguais em determinados critérios e modos, as igualou como elegíveis, conforme seus anseios.
Monopólio Tecnológico das Águas Profundas
Durante muito tempo a Petrobras, e consequentemente o governo brasileiro, afirmava um monopólio da exploração de petróleo em águas profundas. Os recentes acontecimentos no Golfo do México apontam que a exploração da British Petroleum já alcançam, como visto, 1500 metros. Isto já aponta para 75% em relação as nossas perfurações em torno de 2000 metros (considerando-se apenas esta perfuração, não necessariamente a mais profunda de outras companhias). Alertemos que o acidente não se deu nos equipamentos de profundidade, e sim, nos de superfície. Portanto, as dificuldades não são na profundidade, e sim, até relativamente comuns incidentes de plataformas (que mesmo entre nós já ocorreram, diversas vezes, inclusive com afundamento de equipamentos inteiros). Portanto, finalmente, mostra-se que não podemos mais afirmar que tais profundidades sejam de nosso exclusivo domínio.
Ecologia e prevenção
Marcante neste acidente nas costas estadunidenses que o volume de trabalhadores especializados no seu atendimento chegou em poucas horas a um número de 700. Gostaria de ver números das reservas brasileiras para incidentes similares se chegaria a tal monta.
A permanente erosão dos custos
Assim como qualquer pessoa que ganhe, que seja 1500 reais, sabe que tem de gastar menos que isso, assim será com qualquer país, mesmo a escala da economia dos EUA. A única coisa que mudará será a escala, ou mais facilmente entendível, o número de 'zeros'.
Da mesma maneira que uma pessoa, sem outra renda, que ganhe um prêmio de loteria, digamos de 26 milhões de reais (como da megasena desta quarta feira), tendo uma rentabilidade mensal líquida de 195 mil reais mensais (juros "reais e limpos" de 0,75% ao mês), gaste num mês R$ 195.001,00 (digamos nas despesas correntes e num bom carro (típico de quem ganhou um dinheiro dito fácil), no mês seguinte, sua rentabilidade cairá para, na mesma taxa de juros, para R$ 194.999,99.
Pode parecer insignificante, mas se providências não forem tomadas para cortar este "método", no primeiro erro de raciocínio sobre riqueza e sua rentabilidade, os gastos forem elevados para 205 mil reais (como por exemplo com um novo carro e mais uma enorme televisão, por exemplo típico - mesmo sendo bens duráveis, ainda sim bens de consumo e não bens rentáveis), o capital se reduzirá para R$ 25.990.000,00, partindo-se de recuperados e equilibrados novamente 26 milhões, e agora, no próximo mês, o rendimento irá para R$ 194.925,00, e assim por diante, talvez com cada vez menos margem para erros, até o zerar do capital.
Parece um tolice pueril. Mas exatamente estes erros levaram fortunas de grandes industriais à falência completa, bancos à 'banca rota' (esta origem do nosso termo atual é muito ilustrativa) e milhonários instantâneos ou velozes de todos os tipos, deste "lotéricos", a celebridades instantâneas, artistas e astros do esporte à miséria. Igualmente países. Basta apenas "errar contas" e trocar os números dos zeros. As curvas de declínio rumo à inoperacionalidade só mudam de escala, não de perfil.
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