quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Etanol e os dilemas da Petrobras

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Uma coletânea de pensamentos curtos sobre os dilemas que a "poderosa" (e logicamente, todo o povo brasileiro) está enfrentando.



A explicação para a alta do etanol, mesmo em safra, é simplesmente o desgoverno e falta de qualquer estratégia para o setor.

Governo é conivente com altas de combustível não ligado à infraestrutura como o etanol pela arrecadação tributária que gera.

Sacrifica a Petrobrás, há muito uma "ferramenta arrecadatória" não aumentando os derivados de petróleo pela inflação que geraria.

Não forma estoques reguladores no etanol pois:

[1] Só quem é sacrificado diretamente é a classe possuidora de motores "flex".

[2] Concentra o consumo (logo a arrecadação) na insonegável Petrobras e suas refinarias, concentradoras da carga fiscal do comércio de combustíveis e relacionados.


Diário Oficial confirma redução de etanol na gasolina - Leia-se: ou Petrobras começará a ficar apertada de caixa ou teremos aumentos de combustíveis, ou ainda, o governo terá de diminuir arrecadação.

Não se reduz o custo de alguma coisa (como um produto formulado) tirando uma certa quantidade de um item mais barato deste.

Se um produto tem custo aumentado e seu preço é mantido fixo, e uma parte (significativa ou não) de seu preço são impostos, a sua venda gerará débitos maiores no fluxo de caixa. Ou seja, tem-se de tirar mais de onde não já entrava o que se necessitava.

A redução da mistura do etanol anidro na gasolina deve significar a necessidade de importação de cerca de 1 bilhão de litros de gasolina "A" para abastecer o mercado nos seis meses que vão de outubro até abril do ano que vem. (http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=53553).

Produção de etanol deve cair 14%. Até o final deste ano, o país vai importar pelo menos um bilhão de litros de álcool. (http://www.jornalfloripa.com.br/economia/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=5203)

O Brasil deve importar etanol pelo pelos próximos três anos. (http://www.portalsyngenta.com.br/NoticiaDetalhe.aspx?id=9943DFB5733A2158832578E200140E9F)

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Anexo

Editado a partir de Reinaldo Azevedo:

A mão que dá benefícios é a dos trabalhadores que pagam impostos e arcam com uma das cargas tributárias mais altas do mundo. É do trabalhador a mão cansada que constrói casas, escolas, hospitais, portos de saúde, rodovias, portos e aeroportos. Não somente isso, mas também é dela que sai todo o valor roubado por uma elite corrupta que habita no poder.

Todo orçamento do estado só advém do trabalho realizado pela massa trabalhadora. Logo, o corrupto, por fim, só rouba do povo, não do estado.


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