Faz alguns meses, fiz questão de gastar meu rústico economês, ainda que num tom, no fundo, de “sutil indiferença” com certo personagem do YouTube.
Mais um profeta da equação de álgebra maravilhosa (e lixo já em simples Contabilidade) L=m/C (lucro igual a mais-valia sobre capital).
Mais um profeta da equação de álgebra maravilhosa (e lixo já em simples Contabilidade) L=m/C (lucro igual a mais-valia sobre capital).
Por que é o FIM DO CAPITALISMO? Parte 2 - www.youtube.com
Por que é o FIM DO CAPITALISMO? Parte 3 - www.youtube.com
Por que É O FIM DO CAPITALISMO? PARTE 4 - www.youtube.com
Atualmente, ele retornou com algo “novo”:
PROGRAMA DE TRANSIÇÃO: Fabricação Aditiva (Impressoras 3D) NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - www.youtube.com
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Já tratei do problema de simples definições que é a equação simplória L=m/C.
Somemos dois exemplos simples do conjunto de erros em que ela implica.
1.A caixa de maçãs
Obviamente um produto como uma caixa de maçãs é um produto analisável pela visão simplória de Marx e outros. Implica em industrialização de uma colheita. Implica na industrialização do processamento (cortes, limpeza, etc) e embalagem. Implica num processamento que é colocável numa “linha de montagem” dos moldes vitorianos.
Logo, o custo pode ser definido - ‘marxistamente’ - por Cb+m+L, custos básicos mais mais-valia mais lucro, e nem discutamos que L “nasce” da apropriação de m. Poderíamos fazer variações da álgebra envolvida, e o modelo continuaria de mesma natureza.
Agora vem a pergunta simples: A produção de maçãs se esgota, “satura” para sempre o mercado quando produzida?
Não, perpetua-se, pois parece banal entender que uma maçã é um alimento, e como tal, perece no mercado ao ser consumida.
Logo, “m” de L=m/C pode-se perpetuar em sendo extraída da marcação que se faz sobre o Cb (custo), e pouco interessa quantas vezes o ciclo de plantio até o processamento se repita, safra após safra.
Noutras palavras, L sendo a taxa da mais-valia tendo sido extraída sobre o capital pode cada vez se tornar um número menor, uma razão menor, ainda sim ma acumulação de C continuará e nada deterá por si o processo. Aliás é isso exatamente que se estabelece quando não se pode comparar a mecanização (acumulação), mas maiores escalas de logística da produção de maçãs (ou qualquer item similar) desde os tempos vitorianos até agora.
Acumulação não significa esgotamento da capacidade de produção, muito pelo contrário. Sequer uma taxa de lucro sobre cada operação pode ser colocada como uma tendência, tanto que pode-se alocar o capital acumulado na forma de um palácio do proprietário (ou sócios), ou qualquer investimento noutro campo, sem considerar que implica em “colapso” do sistema de “exploração”.
2.A pensão (estabelecimento) de uma senhora aposentada
Pode-se ter exemplo mais simples que a locação de um espaço físico?
(Há o espaço, cobra-se para que alguém o use.)
Pode-se obter exemplo de coisa que pode significar de maneira mais simples que a perpetuação de uma renda (os banais aluguéis) do que um imóvel e sua locação?
Pode-se obter algo que seja mais simples de ser entendido como transferível a herdeiros?
Mas o acúmulo no tempo dos aluguéis implica em o sistema colapsar?
Evidente que não!
Pode-se ter exemplo mais simples que a locação de um espaço físico?
(Há o espaço, cobra-se para que alguém o use.)
Pode-se obter exemplo de coisa que pode significar de maneira mais simples que a perpetuação de uma renda (os banais aluguéis) do que um imóvel e sua locação?
Pode-se obter algo que seja mais simples de ser entendido como transferível a herdeiros?
Mas o acúmulo no tempo dos aluguéis implica em o sistema colapsar?
Evidente que não!
(Excluídas reservas, que são custos, para a formação de um enfrentamento da depreciação e perdas, como um dano por vandalismo.)
Esse “lucro” pode inclusive expressar-se na absorção dessa inexorável depreciação ou na aquisição de mais espaços para locação.
Por n vias, a cumulação de m, mesmo quando apropriação do lucro/trabalho, não pode ser correlato com implicar em colapsar o sistema que dele se apropria.
Mas claro que eles insistirão nessa simplória mentira, incluindo, seus bens e serviços eternos e incólumes a qualquer devastação pelo tempo.
Esse “lucro” pode inclusive expressar-se na absorção dessa inexorável depreciação ou na aquisição de mais espaços para locação.
Por n vias, a cumulação de m, mesmo quando apropriação do lucro/trabalho, não pode ser correlato com implicar em colapsar o sistema que dele se apropria.
Mas claro que eles insistirão nessa simplória mentira, incluindo, seus bens e serviços eternos e incólumes a qualquer devastação pelo tempo.
Nas respostas aos pontos que coloquei, aparece a típica “você não conhece a obra de Marx!”, algo que tem o mesmo valor de “você não conhece a Bíblia!” dos crédulos cristãos, ou mais genericamente, “você não conhece nosso livro sagrado!”.
Despeja-se coisas do tipo “Marx faz o maior esforço intelectual e de pesquisa para explicar o maior número de detalhes sobre a determinação histórica da realidade de um tipo específico de sociedade, que é a capitalista.”
Claro que damos a Marx, como seguidamente repetimos, um valor de 10 em História (cinco em Filosofia e ZERO em Economia). Suas análises do mundo “vitoriano”, da exploração até da mão-de-obra infantil aos moldes “Charles Dickens” é impressionante. Infelizmente o valor para o atual perdeu-se em mais de um século de modificação das relações capital-trabalho e a questão da “empresa de uma libra” já apontada por Lenin.
Despeja-se coisas do tipo “Marx faz o maior esforço intelectual e de pesquisa para explicar o maior número de detalhes sobre a determinação histórica da realidade de um tipo específico de sociedade, que é a capitalista.”
Claro que damos a Marx, como seguidamente repetimos, um valor de 10 em História (cinco em Filosofia e ZERO em Economia). Suas análises do mundo “vitoriano”, da exploração até da mão-de-obra infantil aos moldes “Charles Dickens” é impressionante. Infelizmente o valor para o atual perdeu-se em mais de um século de modificação das relações capital-trabalho e a questão da “empresa de uma libra” já apontada por Lenin.
“Este negociante tem uma concepção consideravelmente mais profunda, mais "marxista", do que é o imperialismo do que certo escritor indecoroso que se considera fundador do marxismo russo e supõe que o imperialismo é um defeito próprio de um povo determinado …”
Adiante, assiste-se o despejo de definições do “valor”:
“[...] diferencia valor de uso, valor de troca, valor, substância de valor, grandeza de valor, forma de valor relativo simples da mercadoria, forma de valor equivalente da mercadoria, forma de valor relativo desdobrada da mercadoria, forma de valor equivalente geral (ou universal) da mercadoria, forma dinheiro da mercadoria, preço, produção de valor e realização de valor.”
“[...] diferencia valor de uso, valor de troca, valor, substância de valor, grandeza de valor, forma de valor relativo simples da mercadoria, forma de valor equivalente da mercadoria, forma de valor relativo desdobrada da mercadoria, forma de valor equivalente geral (ou universal) da mercadoria, forma dinheiro da mercadoria, preço, produção de valor e realização de valor.”
Esqueçamos que percebo uma listagem com redundâncias e principalmente “olha o avião!” (tergiversação)[Nota 1].
Note-se que sequer se passa por perto do que seja realmente “valor”, sua origem, que é nosso problema, que relaciona-se com, em suma, capital, que nada mais é que uma atribuição subjetiva, um contrato geral, uma mútua confiança, e pouco interessa no erro inicial que está em L=m/C.
Lembremos: Uma pá pode ser capital. O compromisso de uma hora de trabalho pode ser capital.
Não somos nós que temos de entender o que seja “valor”, e sim quem o afirma, primeiro, oriundo apenas da exploração (uma falácia, um erro de definição, no fundo) e em segundo, uma subjetividade (uma contradição com a própria argumentação).
Note-se que sequer se passa por perto do que seja realmente “valor”, sua origem, que é nosso problema, que relaciona-se com, em suma, capital, que nada mais é que uma atribuição subjetiva, um contrato geral, uma mútua confiança, e pouco interessa no erro inicial que está em L=m/C.
Lembremos: Uma pá pode ser capital. O compromisso de uma hora de trabalho pode ser capital.
Não somos nós que temos de entender o que seja “valor”, e sim quem o afirma, primeiro, oriundo apenas da exploração (uma falácia, um erro de definição, no fundo) e em segundo, uma subjetividade (uma contradição com a própria argumentação).
Notas
1. “Comete-se essa falácia quando alguém introduz material irrelevante à questão sendo discutida, fugindo do assunto e comprometendo a objetividade da conclusão.” - pt-br.pauloacbj.wikia.com
1. “Comete-se essa falácia quando alguém introduz material irrelevante à questão sendo discutida, fugindo do assunto e comprometendo a objetividade da conclusão.” - pt-br.pauloacbj.wikia.com
Recomendações de leitura
Falácias marxistas: a teoria da mais valia e a exploração da classe trabalhadora - www.institutoliberal.org.br
Eugen von Böhm-Bawerk; As falhas, incoerências e falácias do arcabouço intelectual de Karl Marx - www.mises.org.br
“A base da economia moderna - completa outro representante da Escola Austríaca, Ludwig von Mises (1881-1973), em "Ação Humana" (Instituto Liberal, Rio, 1990) - "é a noção de que é precisamente a disparidade de valor atribuído aos objetos trocados que resulta na sua troca. As pessoas compram e vendem unicamente porque atribuem um maior valor àquilo que recebem do que àquilo que cedem. Assim, uma noção de medição (metodologia) de valor é inútil. Essa noção só pode ser aferida pelo mercado, onde prevalece, por definição, a democracia econômica: é nele, por força da livre ação dos indivíduos (elegendo ou rejeitando mercadorias) que se determina o valor dos preços. “
IPOJUCA PONTES; Marx e a mais-valia - www.midiasemmascara.org
IPOJUCA PONTES; Marx e a mais-valia - www.midiasemmascara.org
Extras
1
Maravilhoso exemplo de que "valor trabalho" e consequentemente "mais-valia" são tolices mortas. Quem determina o valor, ao fim, sequer é a necessidade, e sim, o desejo.
2
Notinha de orçamento público
Levando-se o PIB para 8 trilhões, ainda sim a receita do estado chegaria a ( 36% ) 2,88 trilhões, a receita da união ( 60% ) 1,73 trilhões, enfrentando um orçamento atual ( sobre 5,5 trilhões, no máximo ) de 1,19 trilhões, com o desconto do déficit que já temos de 170 bilhões, tornando-se necessário expandir-se a 1,36 trilhões, necessitando cobrir posteriormente uma carga de juros sobre um dívida de ( 12% ao ano e 66% do PIB ) de 0,44 trilhões, ficando com numa meta inescapável, secundário, de 1,8 trilhões, ainda inalcançáveis pelos 1,73 trilhões acima.
Aponta-se que aí deve ser acrescentado um adicional de 4% de crescimento dos gastos da previdência ao ano, acima da inflação.
3
The Gulf Region: The Post Oil Economy: Invitation to Write - www.academia.edu
Abstract:
In light of the immense energy problem facing Gulf region, countries find themselves forced to the wall in meeting an increasing energy demand meantime respond to climate preservation calls while attaining high growth rates. In a region that is heavily dependent on oil, the question of sustainability is raised on board. The sensitivity of the energy problem in the Gulf area stems from the fact that energy is embodied in all activities. In other words the contribution of oil visa -vis non-oil sectors to the economy is alarming. Suggested ideas include-but not limited to-the greening of energy subsidies, the role of non-hydrocarbons in restructuring growth in gulf area, the cost of conversion to green economy, potential finance schemes of green energy…etc.)
Resumo
À luz do imenso problema de energia enfrentado pela região do Golfo, os países se vêem forçados à parede em atender uma demanda de energia crescente e responder, entretanto, por clamores de preservação do clima, enquanto tem de atingir altas taxas de crescimento. Em uma região que é fortemente dependente do petróleo, a questão da sustentabilidade é levada a bordo. A sensibilidade do problema de energia na área do Golfo decorre do fato de que a energia está incorporada em todas as atividades. Em outras palavras, a contribuição do petróleo versus setores não-petrolíferos para a economia é alarmante. Ideias sugeridas incluem, mas não se limitam - a ecologização dos subsídios de energia, o papel dos não-hidrocarbonetos na reestruturação de crescimento na área do golfo, o custo da conversão para a economia verde, potenciais esquemas de financiamento de energia verde ... etc.)
Acrescente-se:
Stunning Satellite Images Of The Global Tanker Oil Glut - www.zerohedge.com
4
“Melhor ser senhor de um cubículo que uma figura decorativa em um palácio.” - Crônicas da Fundacao - Isaac Asimov
“Melhor ser senhor de um cubículo que uma figura decorativa em um palácio.” - Crônicas da Fundacao - Isaac Asimov
Uma versão mais refinada de "É preferível ser cabeça de lambari que rabo de baleia."
5
Notas úteis para futuros textos
“O proletariado utilizará seu domínio político para arrancar pouco a pouco todo o capital à burguesia para centralizar todos os instrumentos de produção nas mãos do Estado, ou seja, do proletariado organizado como classe dominante, e para aumentar o mais rapidamente possível a massa das forças produtivas”. - Manifesto do Partido Comunista, de Marx e Engels
“Mundus vult decipi, ergo deciapur.”
“O mundo quer ser enganado,...”
Máxima de Sebastian Brant
“...logo, seja enganado.”
“É mais fácil enganar as pessoas do que convencê-las de que elas foram enganadas.”
- Mark Twain
“Sabem o que os guerrilheiros dizem muitas vezes? Afirmam que suas rebeliões são invulneráveis à guerra econômica porque eles não possuem economia, vivem parasitariamente daqueles que vão derrubar. Os tolos só deixam de levar em conta o preço que inevitavelmente devem pagar. O padrão é inexorável em suas falhas degenerativas. Repete-se nos sistemas de escravidão, nos Estados do bem-estar, nas religiões estratificadas, nas burocracias socializantes — em qualquer sistema que crie e mantenha dependências. Seja um parasita por muito tempo e você não poderá existir sem um hospedeiro.” — Os diários roubados - O Imperador Deus de Duna, Frank Herbert
“Não vos apascentarei mais; o que morrer morra, e o que for destruído seja destruído; e os que restarem, comam cada um a carne do seu próximo.” – Zacarias: 11, 9.
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