domingo, 6 de novembro de 2011

Capitalização, giro e alavancagem - II

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O giro


O “dinheiro redondo”, o capital do feirante, que acorda às 4 da manhã, vai ao atacadista, compra 200 reais de pés de alface e até o fim do dia tem de transformá-los em 400, pois ao longo de 20 dias úteis de tal atividade no mês, conseguirá honrar 8000 reais de outros compromissos, e só pode contar com o dinheiro gerado entre custos e preços dos pés de alface. É o dinheiro que gira em mercadorias ou recursos para prestar serviços no tempo, o típico capital gerador de caixa. Se diminuído, não conseguirá cumprir suas metas no tempo. Se não cumpridas suas metas em cada intervalo de tempo no qual se estabelece seu jogo, não conseguirá se perpetuar em seu volume. Ambas estas estagnações, a inoperacionalidade de uma atividade qualquer.

Nesta questão de que compras e posteriores vendas implicam numa possível contribuição que busca sempre a contribuição que deve sempre ser igual (no ideal, sempre arriscado) ou superior (um primeiro passo para o lucro, que inicialmente passa pela simples segurança) à contribuição necessária para cobrir os custos e despesas num determinado período de tempo encontra-se a questão fundamental do ponto de equilíbrio.

Com firmeza, perseverança e vontade, é o capital mais seguro e mais gerador, embora, cada dia seja tomado de seus riscos, e estes, levam, no tempo, a sempre ocorrerem incidentes.

Aqui, escrevi artigos muito mais completos e técnicos que o simples texto informal acima.

http://knol.google.com/k/custo-gerador-conceitua%C3%A7%C3%A3o

http://knol.google.com/k/francisco-quiumento/inoperacionalidade-e-colapsos-de-caixa/2tlel7k7dcy4s/63#

http://knol.google.com/k/francisco-quiumento/ponto-de-equil%C3%ADbrio-para-empresas/2tlel7k7dcy4s/16#

becocomsaida.blog.br





Não lamento os homens, os homens refazem-se; não lamento o ouro destes tesouros, eles voltam a encher-se; mas quem restituirá a estes povos os anos que vão passando? - Diderot_


Há ladrões que não se castigam, mas que nos roubam o mais precioso: o tempo. - Napoleão Bonaparte

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Extras

I

São Paulo, a cidade, como amo dizer para certas questões, "subiu no telhado" [Nota 1]

Chalita, Haddad e Covas Sabem da Dívida de São Paulo?

A CPI da Dívida da Cidade de São Paulo


A política é a arte de constantemente descobrir motivos para novos impostos. - Helmar Nahr


II

Primeiro, cuida-se de sua maloca e suas goteiras, depois, da bela casa dos vizinhos, ainda mais, que o problema deles não são goteiras:

Dilma dá novos conselhos para a Europa sair da crise - economia.estadao.com.br

Dilma distribui conselhos na Europa (e erra)mailsondanobrega.com.br

Financial Times diz que conselhos de Dilma são hipócritaswww.fabiocampana.com.br

E o mais "divertido" de todos:

JOÃO PEREIRA COUTINHO; Uma "presidenta" na Europa; Folha de SP

Onde destaco:

Dilma tem a solução: uma bolsa família global. A experiência correu bem no Brasil, disse Dilma, e a Europa do sul, que está falida precisamente por causa do seu generoso modelo de bem-estar social, precisa de mais uma bolsa para juntar às incontáveis bolsas que enterraram a Grécia, Portugal, Itália, talvez a Espanha.





Muitos buscam o poder, para fazer o que não se pode, e outros a justiça, apenas para prostituí-la. - Elanklever





O dinheiro é, na verdade, a coisa mais importante do mundo; e toda a moralidade sólida e bem sucedida, pessoal ou nacional, deverá basear-se neste fator. - George Bernard Shaw



III


Enquanto isso, ontem (07/11), na FIESP, em Seminário sobre Saneamento, apontam-se para os terríveis números de que a universalização do saneamento no Brasil (leia-se: água na sua torneira e esgoto saindo de sua privada para um encanamento, não para sua rua...) talvez só seja alcançado em 2040, 29 anos no futuro.

E queremos dar lições de Economia para um continente que após a devastação da 2a Guerra Mundial, possui qualidade de vida só nos "números grossos" 4 vezes à nossa, IDHs que nos humilham e não levaram para isso 29 anos (basta ver para isso a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, exatamente 29 anos após a 2a Guerra, 37 anos passados).

Como dizemos: ...me poupe! (com voz de desdém, sic)



Um homem nunca deve envergonhar-se por reconhecer que se enganou, pois isso equivale a dizer que hoje é mais sábio do que era ontem. - Jonathan Swift




IV

Para quem acredita hoje em forças "nacionalistas", Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo (mais uma prova que blogs de "Alices" tem sua utilidade em nos manter informados sobre estudos em Economia).

Uma representação matemática do "controle global".


O abstract do original: http://arxiv.org/abs/1107.5728

Uma versão do artigo: http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0025995


V

Se quer realmente saber qual a causa do "desastre parcial" que temos hoje nas finanças do mundo, leia:

Stephen Kanitz; Como Destruíram a Capacidade de Emprestar das Nações

Onde destaco:

Os bancos do Ocidente vêm desaprendendo a técnica de avaliar e emprestar dinheiro de forma segura e produtiva.


Já basta o risco de se acordar todos os dias de manhã e tentar transformar 200 reais de alfaces em 400 reais.  É um risco potencializado emprestar até o que não se tem de dinheiro para alguém que nem sabemos se é capaz de agir como um simples verdureiro.

Se quer se aprofundar na equação de Black-Scholes, já basta a pt.wikipedia.org





Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito.
Abraham Lincoln   



VI

Governo já está preso a um ciclo vicioso de ter de manter crédito alto, e este, levará (e já está levando) à inflação alta. Inflação alta levará à diminuição da renda real. E renda real mais baixa levará à redução do consumo. Redução do consumo, ao desemprego. Para manter o emprego em alta, necessitará consumo, que para ser mantido elevado, necessitará, sem sustentabilidade, de crédito alto.



Governo facilita o crédito para aliviar efeitos da crise internacional - g1.globo.com

As sementes da destruição de uma estabilidade já foram plantadas, agora, nos resta matar as ervas daninhas, com sacrifícios.

Notas


1. A piada de onde tal expressão se origina:

O Manoel veio para o Brasil e deixou seu gato de estimação aos cuidados do Joaquim.Tudo ia muito bem até que o Manoel recebe uma carta do Joaquim, dizendo: "MANOEL, SEU GATO MORREU".
O Manoel ficou desesperado e ligou para o Joaquim recriminando o modo como o amigo dera tão cruel notícia. O Joaquim, sem saber como consolar o amigo, perguntou como poderia ter transmitido o infausto ocorrido. Manoel lhe respondeu:
-Você deveria ter escrito uma carta da seguinte forma: "Manoel, seu gato subiu no telhado". Após uma semana, mandado uma outra carta: "Manoel, seu gato escorregou do telhado". Na outra semana uma nova carta: "Manoel, seu gato caiu do telhado". E só então, numa correspondência final, pois aí já estaria preparado, para o desfecho final: "Manoel, seu gato morreu".
O Joaquim se desculpou e a vida continuou com o Manoel no Brasil e o Joaquim lá em Portugal.
Num determinado dia o Manoel recebe uma carta do Joaquim que dizia: "MANOEL, SUA MÃE SUBIU NO TELHADO".

Em finanças e economia, frequentemente é prudente não assustar as pessoas, e apresentar as tragédias inexoráveis em doses "homeopáticas".

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